terça-feira, 21 de outubro de 2014

O USO DA HARMÔNICA NA EDUCAÇÃO MUSICAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

                 




















Bom dia amantes da boa música.

Hoje vamos falar um pouco do uso da harmônica na educação musical, como um instrumento musicalizador. 

Para quem trabalha com a educação musical, é comum o uso da percussão ou da flauta doce como instrumentos musicalizadores para as crianças do ensino regular. A utilização deles se devem muito a alguns fatores como, o valor de aquisição - no caso da flauta - e a possibilidade de construir instrumentos de percussão com materiais reciclados e sucatas. Sem falar também que são instrumentos de fácil assimilação pelos alunos. No entanto esta fácil assimilação não significa dizer que o professor deva ensiná-los sem o mínimo de conhecimento sobre os instrumentos, como por exemplo, articulação, manejo correto e embocadura (para a flauta doce) e afinações de pele, baquetas corretas e ritmos (para a percussão).

Também vemos o uso do violão e do teclado, sendo estes um pouco mais caros para se comprar. 

Nas escolas públicas e ONG´s a percussão e a flauta doce são as mais utilizadas, mas nada impede de se utilizar outros instrumentos.

Já nas escolas particulares além da flauta e percussão, são utilizados o violão e o teclado.

A harmônica também é um outro instrumento que, ainda pouco utilizado, permite o desenvolvimento musical e cognitivo de uma criança. Vários são os pontos positivos para a sua utilização. 
Vamos a elas:
1) De fácil aquisição, tem um preço médio que permite a sua compra por qualquer pessoa, inclusive, podendo ser usada em escolas públicas e ONG´s;
2) Diferentemente de outros instrumentos, onde o aluno precisa aprender as digitações corretas de mão para executar as notas, na gaita simplesmente soprando ou aspirando, o aprendiz já "tira um som", sem precisar decorar digitações;
3) Por ser o único instrumento de sopro que além de melodias, faz acordes, possibilita o estudo, mesmo que inicial de harmonia ao aluno;
4) Único instrumento que extraímos notas com o sopro e com a aspiração, o que facilita o controle de ar para o iniciante;
5) Instrumento que vem evoluindo constantemente em suas técnicas de manuseio e ampliação de repertório, sendo utilizado em muitos gêneros musicais, inclusive em peças de música erudita que não foram feitas inicialmente para a harmônica;
6) Ampliação de peças feitas exclusivamente para ela, tanto na música erudita como na popular;
7) Pode ser levada para qualquer lugar, no bolso ou na bolsa;   

Aqui no Brasil são poucos os trabalhos de musicalização com a harmônica. Vou citar aqueles que eu conheço como o de Marcelo Naves e Ivan Márcio em São Paulo; de Jefferson Gonçalves e José Staneck no Rio de Janeiro e de um trabalho que realizei na cidade de Arapiraca, segunda maior cidade de Alagoas, onde pude musicalizar alunos da Escola 31 de março com a minha querida harmônica e foi um projeto bastante exitoso.

Devem existir outros trabalhos semelhantes pelo Brasil, mas por falta de pesquisa e registro eu não conheço e não coloquei aqui. Quem conhecer pode dizer aqui no blog.

Bem, por agora é isso. 
Inté.

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