sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

UM POUCO DE TEORIA MUSICAL - INTERVALOS


Boa tarde queridos amigos amantes da boa música!!!!
Hoje vamos falar de um assunto de teoria musical chamado de intervalos. Mas o que vem a ser os intervalos? É um tempo de descanso do músico de uma apresentação para outra? Seria uma pausa para um lanche rápido entre uma música e outra? Brincadeiras a parte, segundo o ilustre Bohumil Med, em seu livro Teoria da Música, editado pela Musimed, INTERVALO É A DIFERENÇA DE ALTURA ENTRE DOIS SONS OU A RELAÇÃO EXISTENTE ENTRE DUAS ALTURAS OU O ESPAÇO QUE SEPARA UM SOM DO OUTRO.

Qualquer uma das 12 notas musicais do nosso sistema ocidental tem uma ALTURA ABSOLUTA que seria a sua altura exata que corresponde a um determinado número de vibrações e tem uma ALTURA RELATIVA que resulta da comparação de uma nota a outra.

CLASSIFICAÇÃO DOS INTERVALOS

Podemos classificar os intervalos da seguinte maneira:

a) Intervalo melódico - quando este é formado por notas sucessivas. Por exemplo quando tocamos sucessivamente as notas dó e sol.
b) Intervalo harmônico - quando este é formado por notas simultâneas, ou seja, tocadas ao mesmo tempo.
c) Intervalo ascendente - quando a primeira nota é mais grave do que a segunda.
d) Intervalo descendente - quando a primeira nota é mais aguda do que a segunda.

Vale lembrar que as classificações dadas acima dos itens "c" e "d" só servem para os intervalos melódicos, certo?

e) Intervalo conjunto - é aquele formado por notas consecutivas, como por exemplo dó e ré.
f) Intervalo disjunto - é aquele formado por notas não consecutivas, como por exemplo o intervalo formado pelas notas dó e mi.
g) Intervalo simples - é aquele formado por notas que se encontram dentro do limite de uma oitava.
h) Intervalo composto - é aquele formado por notas que ultrapassam o limite de oitava.

COMO MEDIMOS OS INTERVALOS?

Podemos medi-los de duas formas: QUANTITATIVAMENTE e QUALITATIVAMENTE. 

Vejamos.

A classificação quantitativa é feita segundo o número de notas contidas no intervalo, incluindo-se as notas que formam este intervalo.

Por exemplo: 
Se temos um intervalo que começa com a nota mi e termina com a nota lá, teremos um intervalo de 4ª (quarta). Contamos as notas mi, fá, sol e lá. Entenderam?
Um intervalo de segunda é formado por duas notas; um de terça por três notas, um de quinta por cinco notas, e assim sucessivamente.

E é importante salientar que esta classificação quantitativa ou numérica não leva em consideração nem os acidentes nem as claves. Ou seja, se temos um intervalo que vai da nota fá à nota ré bemol ou da nota fá sustenido à nota ré natural, ele será sempre de 6ª (sexta). E se este mesmo intervalo estiver na clave de sol ou na de fá ou na de dó, terá a mesma classificação numérica.

Já para a classificação qualitativa de intervalos devemos considerar o número de tons e semitons contidos entre as notas destes intervalos. Vamos a eles.

a) Intervalos Justos

1ª justa (ou uníssono) - compreende dois sons de mesma altura, por exemplo o intervalo de dó e dó. A distância é de zero tom.

4ª justa - formada por dois tons e um semitom. Por exemplo o intervalo de dó a fá.

5ª justa - formada por três tons e um semitom. Por exemplo o intervalo de dó a sol.

8ª justa - formado por 5 tons e 2 semitons. O intervalo que vai de dó grave para o outro dó mais agudo.

b) Intervalos maiores

2ª maior - formado por um tom. Como exemplo o intervalo de dó a ré.

3ª maior - formado por dois tons. O intervalo de dó a mi, por exemplo.

6ª maior - formado por 4 tons e um semitom. De dó a lá, por exemplo.

7ª maior - formado por 5 tons e um semitom. De dó a si, por exemplo.


c) Intervalos menores

2ª menor - formado por um semitom. Como exemplo o intervalo de dó a ré bemol.

3ª menor - formado por um tom e um semitom. O intervalo de dó a mi bemol, por exemplo.

6ª menor - formado por 3 tons e dois semitons. De dó a lá bemol, por exemplo.

7ª menor - formado por 4 tons e dois semitom. De dó a si bemol, por exemplo.


Estará errado vocês dizerem intervalos de 4ª ou 5ª maior ou 2ª justa ou 3ª justa, pois estas denominações não existem.

Este assunto não se esgota aqui e eu só dei uma breve introdução em um assunto de suma importância para que se entenda formação de acordes e campo harmônico.

Por enquanto é só, mas em breve falarei sobre os intervalos aumentados e diminutos.

Abraço a todos.
















Nenhum comentário:

Postar um comentário