Para cada
som existe um movimento análogo. De maneira simplificada, esta seria uma explicação
possível para apresentar o leigo à Rítmica Dalcroze, método criado no começo do
século XX pelo músico e pedagogo austro-suíço Émile Jaques Dalcroze (1865-1950).
A técnica, que promove a integração da melodia musical com a expressão corporal,
foi desenvolvida inicialmente por ele para ensinar música a seus alunos. Com o
tempo, porém, os princípios dessa pedagogia passaram a influenciar outras
áreas, notadamente a dança, as artes cênicas e a educação física.
Os
adeptos da pedagogia, conforme José Rafael, reconhecem nela um importante
instrumental para o desenvolvimento de suas atividades. Por seu intermédio, é
possível estabelecer uma relação intrínseca entre a música e o movimento. “O
que Dalcroze fez foi justamente traduzir a linguagem musical para uma linguagem
corporal”, esclarece. No início, a proposta do músico e pedagogo austro-suíço
não foi bem recebida. Ainda hoje, reconhece José Rafael, ela encontra alguma
resistência. “Mas, de modo geral, o método tem sido cada vez mais aceito por
músicos, dançarinos, atores e professores de educação física”, assegura.
Metodologia
Para
entender melhor como a metodologia pode ser aplicada, imagine-se o aluno de uma
escola de música tradicional. Quando está no conservatório, ele permanece boa
parte do tempo sentado, fazendo apenas os movimentos relacionados ao aprendizado
do instrumento musical. Ao adotar os princípios da Rítmica Dalcroze, porém, esse
mesmo estudante vale-se do ensaio para movimentar todo o corpo no ritmo da música.
É quando ocorre a interação entre melodia e gesto. Não raro, a experiência
serve de estímulo à criatividade, uma vez que está intimamente ligada à
improvisação. “O mais interessante desse método é que ele pode ser adotado por
qualquer um, independente de idade, sexo ou condição física. Cada pessoa pode se
movimentar dentro das suas potencialidades e limites”, afirma José Rafael. Dito
de outra maneira, a Rítmica Dalcroze propõe o resgate do prazer de aprender
música ou de realizar uma atividade física. “O método sugere que o ensino seja
uma alegria, não mais uma tortura”, diz José Rafael. De acordo com ele, para
que a técnica seja empregada é desejável a presença de um piano, visto que o
instrumento sempre serviu de base para as experiências conduzidas por Dalcroze.
Entretanto, a falta dele não é impedimento para o uso da metodologia. “No
limite, é possível lançar mão de um outro instrumento musical ou mesmo de um
CD”.
Fonte: http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/jornalPDF/ju332pg12.pdf
Princípios: O estudo da música é o conhecimento de si próprio. A música, arte da expressão, é a imagem humana: sentir para expressar-se conhecer para construir-se. Dalcroze quer que a música, passando pelo ouvido, chegue até a alma para abraçá-la e que a alma transforme o corpo em ressonâncias. A música transporta sua harmonia, sua melodia, seu ritmo, sua frase, seus silêncios para falar à nossa alma.
A Rítmica – (Movimento e ritmo)
Estudo do movimento – Desenvolve o organismo inteiro
Estudo do ritmo corporal – Sistema musculares, Centros nervosos, Graduações de Força e Elasticidade no espaço e no tempo, concentração e análise,
O Sentido auditivo do ritmo – Qualidades de receptividade, Expressão de Matizes de força e duração dos sons, Concentração e Espontaneidade.
O Solfejo – (Vocalização)
Sentido dos Graus e das relações de elevações dos sons, Faculdade de recnhecimentos des seus timbres. Ensina a ouvir e a representar mentalmente as melodias e seus contrapontos, Improvisações
A Improvisação – (Combina as noções de rítmica e Solfejo)
Exteriorização Musical
Desenvolvimento do sentido táctil - motriz
Traduzir no instrumento os pensamentos musicais.
Referências Bibliográficas:
SANTIAGO, Glauber - "Origens e desenvolvimento da educação musical: Uma breve visão" - UFSCAR Virtual, São Carlos (2008).
FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira - "De tramas e fios: um ensaio sobre música e educação" - UNESP, São Paulo (2005).
Fonte: http://www.musicaemovimento.com.br/pedagogos-ativos/emille-jaques-dalcroze
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