Por Ana Lucia Santana
A
expressão RAP provém da língua inglesa, com o sentido de Rhythm And
Poetry – traduzindo, Ritmo e Poesia. Este estilo é assim denominado
porque mescla um ritmo intenso com rimas poéticas, integrando o cenário
cultural conhecido como Hip
Hop. Nascido na Jamaica, ele se transformou em produto comercializável entre os
norte-americanos.
O Rap
desenvolveu-se entre as classes pobres dos EUA, particularmente entre os
afro-americanos e os hispânicos, que ansiavam por uma sonoridade que traduzisse
seu cotidiano e sua cultura, no início dos anos 70. Na
Jamaica, em meados da década de 60, o rap ganhou impulso com o aparecimento de
equipamentos sonoros que eram dispostos ao ar livre nos guetos deste país,
dando vida às festas produzidas nas ruas jamaicanas.
Posteriormente
os bailes passaram a ter como cenários amplos locais até então usados como
depósitos. Estas festas, mais aprimoradas, contavam não só com a presença de um
DJ, mas também com a intervenção de um MC ou Mestre de Cerimônias, igualmente denominado ‘toaster’, o
qual incitava as pessoas com palavras de ordem rimadas, traduzindo geralmente
questões de ordem sócio-política, especialmente temas controvertidos.
Nos
primeiros anos da década de 70, uma séria crise social e econômica atingiu a
Jamaica, provocando a ida de vários jamaicanos, principalmente os mais jovens, para os EUA. Na bagagem eles traziam esta nova
sonoridade, os equipamentos de som e a canção falada. Um deles, o DJ Kool Herc,
foi o responsável pela inserção em Nova Iorque destes elementos essenciais do
Rap.
Imediatamente
este ritmo, que versava sobre os obstáculos enfrentados pelos miseráveis dos
guetos das grandes metrópoles, contagiou a população sofrida dos subúrbios
norte-americanos. As músicas, repletas de gírias dos grupos juvenis formados
nestes bairros pobres, unidas às danças urbanas de rua, com suas coreografias
velozes e acrobacias corporais, passaram a constituir rapidamente o cenário do
hip hop norte-americano. Completa este panorama um visual composto por inúmeros
grafites expostos nas fachadas dos prédios urbanos.
Em
princípios dos anos 80 uma parcela da juventude americana, já insatisfeita com
o estilo da disco music, passou a criar mix de músicas conhecidas, elaborando
sobre elas arranjos típicos. Cabe ao MC conectar esta mixagem a um discurso
poético, de teor social e político, o qual geralmente se opõe ao sistema
vigente.
O disco
Rapper’s Delight, gravado pela banda Sugarhill Gang, deu o impulso de partida
para que o novo ritmo se alastrasse pelo território norte-americano. Este som,
que une poesia a uma pulsação veloz, é normalmente secundado por um baixo, ou
apresentado ao ouvinte à capela, ou seja, sem nenhum instrumento.
O
conteúdo, portanto, é mais significativo que qualquer melodia ou harmonia.
Destacam-se, assim, o texto e a linha vocal. Cabe ao rapper discorrer
velozmente sobre o tema escolhido.
Fontes
http://www.suapesquisa.com/rap/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rap
http://www.suapesquisa.com/rap/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rap
Nenhum comentário:
Postar um comentário