Boa tarde meus caros.
Como ontem foi comemorado o Dia da Consciência Negra, apresentarei neste e em outras postagens um resumo sobre alguns gêneros musicais que tiveram a sua origem no povo negro que está espalhado pelo mundo. A cultura negra é rica e até hoje influencia a todos com sua força, sua beleza e sua capacidade de mudar as pessoas. Existe muito preconceitos e estereótipos criados sobre quem gosta desse ou daquele gênero musical. No reggae por exemplo, criou-se a ideia de que todo mundo que o ouve é maconheiro e usa os dreadlocks. Muita gente ou a maioria não sabe a origem do reggae e por que do uso da maconha. Eu nunca tive dreadlocks e nunca usei maconha, mas gosto e toco reggae, e aí? Preconceito não é bom, principalmente por que exprime a ignorância de conhecimento de quem o exprime. Então por favor, antes de falar alguma coisa, primeiro estude, conheça, pesquise sobre o assunto para não ficar com cara de bobo.
Abaixo vem um resumo sobre as origens de gênero tão apreciado pelo mundo afora.
Por Ana Lucia
Santana
O Reggae
não é simplesmente mais um ritmo musical, ele é um estilo, um modo de vida, uma
crença, uma plataforma social e política. Ele surge na Jamaica, e engloba
várias outras cadências musicais, como o ska, o
rocksteady, o dub, dancehall, ragga, sonoridades africanas e o calipso. A
denominação ‘reggae’ nasceu do som produzido pela guitarra ao se tocar este
ritmo – re, ‘movimento para baixo’, e gae, ‘movimento para cima’.
Este gênero musical nasce nos anos 60 e depois se
transforma em dois subgêneros, o original, conhecido como
‘roots reggae’, e o ‘dancehall reggae’, típico dos anos 70. Normalmente este
ritmo é ligado aos rastafaris, adeptos de uma religião que vê no Imperador
Haile Selassie I, da Etiópia, único rei africano a governar uma nação
independente na África, uma divindade conhecida como
Jah, uma abreviação de Jeová, inserida no texto sagrado da Bíblia do Rei James.
A expressão ‘Rastafari’ vem de Ras, duque ou chefe,
e de Tafari, príncipe da paz. Esta manifestação espiritual emergiu na Jamaica,
entre trabalhadores pobres e camponeses negros, na década de 30. Ela
foi estimulada pela versão jamaicana de uma profecia contida na Bíblia, em
parte resultado da posição inédita deste monarca em seu país, e também como
alívio da dor de um povo submetido a uma intensa exploração histórica.
Outros fatores que impulsionam o crescimento dos
rastafaris, um milhão de seguidores computados em 2000, em todo o planeta,
cinco por cento da população jamaicana, são o uso religioso da maconha, os
anseios políticos e africanizantes cultivados por seus membros, e os
ensinamentos ministrados por Marcus Garvey, reputado como um profeta entre
eles, o qual moldou cultural e politicamente este movimento. Esta doutrina
professa que os afro-descendentes devem buscar a transcendência de seus
problemas por meio da militância política e espiritual.
Mas o reggae não se limita ao rastafarianismo, ele engloba temas como o amor,
o sexo e as questões sociais. Seu ritmo é leve e dançante, com toques
característicos, produzidos especialmente pela guitarra, o contrabaixo e a
bateria. Boicotado, a princípio, pelas rádios brancas, celebrizou-se em todo
mundo graças à maestria de músicos como Bob Marley e Jimmy Cliff. Nos anos 50
emergem as grandes estrelas do reggae, como Delroy Wilson, Bob Andy, Burning Espear
e Johnny Osbourne, bem como as bandas The Wailers, Ethiopians, Desmond Dekker e
Skatalites.
No ínicio dos anos 70, a canção I Can See Clear
Now, de Johnny Nash, subiu ao primeiro lugar nas paradas de sucesso no Reino
Unido e nos EUA. Este período foi o auge deste gênero musical. Hoje, diversos
artistas e bandas assumiram este ritmo, movimento que se iniciou nos anos 80,
com Eric Clapton, Rolling Stones e Paul Simon. Atualmente destacam-se Ziggy
Marley, Beres Hammond, Pulse, UB 40 e Big Mountain.
Fontes
http://www.suapesquisa.com/reggae/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reggae
http://www.infoescola.com/musica/reggae/
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